Rainha da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel pelo segundo ano consecutivo, Claudia Leitte mal pisou na Marquês de Sapucaí, neste domingo (7) e já causou muito tumulto e sensação com sua fantasia, chamada “Áurea da Liberdade”. Banhado a ouro, o comportado biquíni tem a assinatura do estilista Henrique Filho e custou algo próximo de R$ 100 mil. O valor é todo bancado pela própria agremiação. A peça, cheia de spikes, é à prova de curiosos e suas mãos. "Tem ferro pontiagudo", disse a cantora, aos risos. Na sequência, ela tirou o roupão na frente de jornalistas, fotógrafos e membros da agremiação. "Que vergonha tirar o roupão na frente de vocês. Tô bonita?", perguntou. Com adereços de raízes nos cabelos e na roupa, Claudia defende a bateria verde e branca de Mestre Dudu e o enredo O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro, do carnavalesco Alexandre Louzada. Sua roupa é toda trabalhada em 900 plumas aparadas (cortadas para ter a forma desejada), 300 penas de faisão, e 1.100 rabos de galo afinados (menos grossos que o normal para um efeito mais delicado). Máscaras africanas maleáveis encaixadas nas ombreiras do costeiro e nas sandálias douradas, costeiro de penas e plumas e cabeça dourada e com penas de faisão e rabo de galo completam o visual da rainha Claudia, que já agita todo o setor 1 da Marquês de Sapucaí. Bem menos pesado que a fantasia do Carnaval do ano passado, que tinha cerca de 30 quilos, o modelo da cantora não tem pedrarias para estar em sintonia com a proposta da roupa: paetês e brilhos não combinariam com a ideia de raízes africanas.
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